Se você trabalha com edição de vídeo, efeitos visuais ou 3D e já pensou em usar Linux, a boa notícia é: sim, dá pra trabalhar de forma profissional no sistema, sem sentir falta do Windows ou macOS. A má notícia? Existem tantas distros que é fácil se perder na escolha.
O objetivo aqui é te guiar pelas opções mais usadas e confiáveis para quem é filmmaker, criador de conteúdo ou profissional de pós-produção, sem enrolação.
Por que usar Linux no audiovisual?
Nos estúdios, o Linux já é velho conhecido — muitas produções de Hollywood rodam sobre ele. Mas no desktop, o cenário também é promissor: mais estabilidade, melhor aproveitamento de hardware, atualizações rápidas e menos distrações.
E para quem trabalha com DaVinci Resolve, Blender, Natron, Fusion ou Kdenlive, o Linux oferece um ambiente muito otimizado, especialmente para quem usa placas NVIDIA e AMD.
1. Pop!_OS – Praticidade + Performance
O Pop!_OS é praticamente o “Linux para quem quer trabalhar e não perder tempo configurando”. Ele é rápido, bonito e vem pronto para lidar com placas NVIDIA e AMD sem drama.
- Público: Quem usa DaVinci Resolve, Blender ou Fusion no dia a dia.
- Destaques:
- Drivers prontos na instalação.
- Layout de janelas inteligente para monitores grandes.
- Base Ubuntu (ou seja, compatibilidade garantida).
Resumo: se você quer abrir o PC, editar e pronto, o Pop!_OS é uma ótima escolha.
2. Ubuntu Studio – Tudo pronto para multimídia
Se você quer instalar o sistema e já sair produzindo sem precisar instalar 20 programas, o Ubuntu Studio é o caminho. Ele já vem com um pacote completo para áudio, vídeo, imagem e 3D.
- Público: Criadores independentes, pequenas produtoras e quem trabalha com mais de uma mídia (áudio + vídeo + imagem).
- Pacote inicial: Kdenlive, Ardour, OBS Studio, GIMP, Inkscape, Blender… é abrir e usar.
- Destaques:
- Configuração de áudio com baixa latência (ótimo para gravação).
- Interface KDE Plasma rápida e personalizável.
3. Fedora Workstation – Atual e estável na medida certa
O Fedora tem um equilíbrio muito bom entre novidades e estabilidade. É muito usado por quem quer acesso a versões mais recentes de softwares sem viver na tensão de um sistema “quebrando”.
- Público: Quem usa hardware mais novo e quer sempre software atualizado.
- Destaques:
- Suporte rápido para novas placas e tecnologias.
- Bom desempenho com Wayland e monitores de alta resolução.
4. Linux Mint – Simples e estável
Se você quer zero curva de aprendizado e um sistema leve, o Linux Mint é imbatível. É perfeito para quem está migrando do Windows e não quer perder tempo se adaptando.
- Público: Usuários que priorizam estabilidade e interface familiar.
- Destaques:
- Consome menos recursos.
- Fácil de instalar e manter.
5. Manjaro KDE – Sempre atualizado e personalizável
Baseado no Arch Linux, mas sem a dor de cabeça da instalação manual, o Manjaro KDE entrega sempre as versões mais recentes dos programas, incluindo Blender, Kdenlive, Natron e outros softwares de pós-produção.
- Público: Usuários que querem o software mais novo possível.
- Destaques:
- Rolling release (sempre atualizado).
- Acesso ao AUR, um repositório gigante com praticamente tudo.
Tabela Comparativa Rápida
Distro | Estabilidade | Facilidade de uso | Atualizações | Ideal para… | Compatibilidade com DaVinci Resolve |
---|---|---|---|---|---|
Pop!_OS | Alta | Muito fácil | Alta | Produtores que querem agilidade | Excelente |
Ubuntu Studio | Alta | Fácil | Média | Multimídia geral | Muito boa |
Fedora | Média-Alta | Fácil | Alta | Hardware novo | Boa |
Linux Mint | Muito alta | Muito fácil | Média | Máquinas modestas e estabilidade | Boa |
Manjaro KDE | Média | Média | Muito alta | Quem quer tudo atualizado | Boa |
Dica final:
- Quer algo simples e rápido? Pop!_OS.
- Quer tudo pronto? Ubuntu Studio.
- Quer sempre software novo? Manjaro KDE.
- Quer estabilidade máxima? Linux Mint.
- Quer equilíbrio entre novidades e estabilidade? Fedora.
No fim das contas, todas essas distros podem rodar os mesmos softwares — o que muda é a experiência de uso, a estabilidade e a facilidade para configurar seu ambiente de trabalho.